segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dia de Finados

Lembranças vívidas se fazem presentes no nosso dia de hoje, dois de novembro, dia de relembrar, dia de refletir, dia de chorar- pois as lágrimas fazem bem, lavam nossa tristeza e transformam o adeus na doce saudade do ontem. Dia de agradecer - as dádivas, os apreços, o tesouro de amor, de atenções e dedicações.
A caminhada até a morada derradeira que se faz todos os anos, para reverenciar aqueles que nos antecederam no limiar da vida, nos lembra Eclesiastes 3:1 “Tudo tem sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. 2. Há tempo para nascer, e tempo para morrer, tempo para se plantar e tempo para se arrancar o que se planto; 20.Todos vão para um lugar comum; todos são pó, e todos ao pó tornarão”.
O finito e o infinito.
Finito como corpo físico, perecível, que se transforma e ao pó retorna. Incorporando-se à argamassa produtiva da vida.
Infinito! Nossos genes são imortais; transportamos em nossos genes a herança ancestral de nossos antepassados, dos primórdios, do pó das estrelas e certamente passaremos às futuras gerações, quiçá ao infinito do cosmo. Infinito na energia das partículas subatômicas, na imensidão do microcosmo. Infinito no contínuo evoluir do espírito, na esteira infinita da reencarnação rumo à perfeição do espírito.
O medo do corpo rígido e álgido, dos sete palmos de terra, da solidão do ventre da Mãe Terra se esvai, na reflexão do grande significado da vida. Nas maravilhas das descobertas da ciência, alicerçando o carro do progresso. Na grandeza e na beleza da obra do Altíssimo.